"Fico imaginando que essa tal “mulher
independente”, aos olhos dos outros, pareça ser uma pessoa que nunca precise de
ninguém, que nunca peça apoio, que jamais chore, que não tenha dúvidas, que não
valorize um cafuné. Enfim, um bloco de cimento.
Quando eu comecei a ter idade pra sonhar
com independência, passei a ler afoitamente os livros de Marina Colasanti –
foram eles que me ensinaram a importância de abrir mão de tutelas e a se
colocar na vida com uma postura própria, autônoma, mas nem por isso menos
amorosa e sensível. Independência nada mais é do que ter poder de escolha.
Conceder-se a liberdade de ir e vir, atendendo suas necessidades e vontades
próprias, mas sem dispensar a magia de se viver um grande amor. Independência
não é sinônimo de solidão. É sinônimo de honestidade: estou onde quero, com
quem quero, porque quero.
Sobre a questão da independência afugentar
os homens, Marina Colasanti brincava: “Se isso for verdade, então ficarão longe
de nós os competitivos, os que sonham com mulheres submissas, os que não são
muito seguros de si. Que ótima triagem”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário